terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Escola para jovens LGBT?

Por favor!!!!
ALGUÉM ME EXPLICA?!?!?!?!?!?!?!
Estado de São Paulo ganha escola para jovens LGBT
(http://gonline.uol.com.br/site/arquivos/estatico/gnews/gnews_noticia_23261.htm)

Num momento social em que a inclusão é palavra de ordem na educação brasileira, criam uma escola para jovens LGBT.

Sinceramente, não estou entendendo. Isso é um retrocesso, uma viagem de alguém que por motivos dos mais variados pensa que fundando essa escola vai dar visibilidade e respeito pela diversidade.

Não penso como uma coisa positiva, mas sim como algo que só discrimina, sustenta o discurso patriarcal e homofóbico.

Por que não uma escola com essas característica, sem a denominação LGBT?
Por que deve ser um gueto?

“A escola é um Ponto de Cultura. O fato de os cursos serem abertos a todos e não só a jovens gays é parte da nossa estratégia de combate à homofobia. Preconceito é ignorância. Para vencer isso, precisamos levar nossa arte, nossa expressão e nosso discurso a quem não nos conhece. Se a valorização da cultura negra é estratégia do movimento negro, assim como de vários povos e regiões, por que não valorizar a cultura LGBT?” , indaga Deco Ribeiro.

Os cursos são oferecidos a todos e não só a jovens gays?
E por que denominam como uma escola LGBT?

Por que a cultura LGBT deve ser feita num local diferente da escola existente?
Como cultura,  por que deverá ter um lugar para criá-la em separado?
Não vejo nenhuma estratégia de combate à homofobia, mas sim o preconceito sendo autorizado pelos meios mais autoritários.
Pois não votam uma lei contra homofobia que tramita no congresso por quanto tempo esse projeto?
Devemos pensar em algumas formas que a cultura LGBT entre no meio acadêmico, faça parte de discussões teóricas e práticas. E  não ficar criando espaços para que isso seja disseminado como uma nova forma de preconceito.

Uma vida como um todo e não como algo a ser explorado e feito para os simpatizantes e seccionado da sociedade!

Após essa notícia, olhei na net e uma das manchetes era a seguinte:
Campinas ganha escola gay com aulas de drag para jovens

E pensei numa frase dos organizadores:

"Segundo os organizadores, os alunos poderão fazer aulas de criação de zines e revistas, criação literária, dança, música, TV, cinema, teatro e até de performance drag.
" E até performance de drag????
E ainda falam em cultura LGBT????
Acredito que o mundo não deve e nunca levou a nada esses locais que segregaram pessoas!
Tiraram elas do convívio e colocaram elas em masmorras!
Nessa escola até será permitido performance de drags e nas outras por que não?

Vou pensar muito!
E tomara que eu esteja completamente enganado!
E que o movimento LGBT ganhe muito com isso!
E que a sociedade possa compartilhar com a diversidade como um todo!

Boa Sorte!

"se meu vizinho, sem violar as leis básicas da cidade, for impedido de ter a vida concreta que ele quer, então meu jeito de viver poderá ser tolerado ou até permitido, mas ele não será nunca mais propriamente meu direito." (Contardo Calligaris)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

AVATAR

Algumas experiências cinematográficas marcam a nossa vida!
Avatar sem dúvida é uma delas!
Lembro-me de vários filmes que me fizeram viajar, sair e ir para longe, para um mundo de ficção onde a identificação fica muito clara, principalmente, com as personagens que povoam o mundo de Na'vi.
Contando com a experiência de um filme em 3D, onde ficamos envoltos na atmosfera, percebendo detalhes, sensações, que passariam desapercebidos.
Movimentos são sentidos como reais, estamos em outro lugar e somos sugados por ele até o último de nossa pupila. Nosso cérebro começa a ser enganado e acreditar que estamos ali como os mais próximos espectadores de uma revolução cinematográfica. E ali encontramos Na'vi e as personagens que tornam-se tão próximas de nós que podemos vê-las com algo humano, já que no homem uma essência foi perdida ou corrompida, embora esteja presente ali em Pandora.
Jake Sully e seu avatar: semelhanças no rosto
A história pode parecer um pouco simples dentro do conceito de uma narrativa elaborada, mas é através dela  que temos a jornada do herói, no qual o herói sai de seu mundo e enfrenta desafios que são ultrapassados. Numa constante intercalação entre o mundo comum e o mundo da aventura, temos uma das marcas narrativas do filme o conflito existencial do herói, que se encontra confuso em sua proposta inicial. Passando a entender o mundo de outra forma e questionando o lucro, a destruição pela necessidade de poder, riquezas, todas as coisas que levam os humanos a guerras intermináveis.
É nesse panorama que conseguimos viver por 164 minutos, entre esses mundos.
Esperaremos mais alguns anos para conseguirmos de novo ver algo parecido?
Ou teremos novos James Cameron surgindo por aí?
Espero que sim!

Acesse: As novas tecnologias do filme Avatar

domingo, 13 de dezembro de 2009

Twitter!!!!

Caraca!
Entrei no twitter! E acho a fudê! Ele é igual aquelas febres que vivemos com o orkut faz um tempo! Talvez reduzir a 140 caracteres vai dar objetividade ao mundo! Ou o mundo tá lento de escrita, afinal em 140 eu consigo atravessar uma parada LGBT! Fugir de um assalto! Ser feliz! E ainda beijar a boca de quem quiser! E se ninguém quiser beijo a minha!!!!!! E atiro outra pedra em quem quiser ser feliz afinal..todos estamos nessa vida maravilho samente doida...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"(...)Nada é tão comum quanto resumirmos a vida de outra pessoa e achar que ela não pode querer mais.(...)" (Martha Medeiros)


Acesse o Blog: 
http://confissoes-femininas.blogspot.com/2009/12/eu-tenho-direito-de-desejar-mais.html

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Parem com o policiamento!!!!

Penso que as pessoas, algumas claro, tem um ego tão imenso que se acham no direito de dizer o que os outros devem ou não fazer.
Como se uma divindade ultra-alienígena tivesse chegado e dado esse poder.
Somos pseudo-democráticos, pois como nossos tataravós ainda achamos que podemos dizer o que é belo, o que é esteticamente perfeito, o que é moda, o que não tá na moda, o que é in ou out, que sexualidade combina com a tendência atual, re-afirmando os padrões que fazem parte da cultura em voga.
E, sempre, estamos sustentando um dito comportamento.
O pior, às vezes, sem ter noção que isso está ocorrendo, pois reproduzimos vários pensamentos e atitudes que automaticamente fazem parte da nossa vida, sem dois segundos de reflexão. Robôs do mundo pós-moderno.
Assim é a vida. Atira-se a primeira pedra e, logo a seguir, somos apedrejados por tentativa de nos sentirmos incluídos nessa sociedade individualista.. Num mundo que nem ao menos somos incluídos nele.
Um mundo que sorteia aleatoriamente quem será, quem fará, quem terá o discurso que sutentará a hipocrisia do ser humano, velha divindade alienígena dando poderes aos escolhidos. Por quem?
O que ocorre é uma nova ordem?
Mas, sempre, estamos em uma nova ordem.
No momento em que nascemos buscamos nesse rolo compressor chamado vida: maneiras de nos sentirmos adaptados, confortáveis nessa relação com o outro. E começamos a nos moldar segundo nossa época e as tendências estabelecidas para nós mesmos.
E nessa passagem planetária da cruel e ácida viagem com bilhete de volta comprado, inventamos a autoestima para tecermos comentários e criamos regras para tudo que conseguimos suportar na minha individualidade ou meu restrito nicho, aquela minha habitação, lá em cima do morro afastado do outro.
Sendo, individual esqueço das relações estabelecidas com a diversidade e com a própria construção de mundo dos outros, pq critico, analiso e julgo, parecendo que o real(?), o correto(?), o verdadeiro(?) está comigo.
E isso faz o ser humano afastar-se cada vez mais dessa regra da exposição, do se sentir perfeito em sua própria vida. E surgem várias crises de personalidade, várias pessoas escondendo-se em seus casulos, pois não conseguem transformar a sua vida em algo que faça parte dessa norma estabelecida pelo poder.
Em algumas décadas do século passado tentamos burlar as regras, questioná-las e, agora, estamos criando regras que não levam a nada.
Mentira! Essas atitudes/regras levam a dizer a quem dou o poder. E parece que o poder está sempre aonde o ser humano não está. Onde o outro não existe, sua necessidade, sua procura, sua vida não se encontra, embora esteja ali latente a essência do que já foi vivido pelos outros.
Tenho medo do policiamente de ideias, de atos, de construções, de questionamentos, pois hoje parece que tudo está muito pronto. E com raríssimas exceções, continuamos reproduzindo a antiga e ultrapassada Liga dos bons costumes. Isso está se generalizando cada vez mais.
Então, cuidado, você, pode mesmo sem saber estar sendo vítima de um discurso que não é seu. E dando força ao que mais teme: o seu direito de poder ser, de poder falar ou mesmo de ser o outro.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Atiro a primeira pedra!

Tento acertar diretamente na janela da minha vizinha, embora seja impossível.
Impossível pq a não ser que eu fizesse uma engenhoca de filmes de ação, tipo 0007, não daria certa.
Ela mora verticalmente bem abaixo de mim.
E com seu ouvido super apurado consegue escutar os ruídos, os passos, as músicas e todos os barulhos que existem dentro da minha casa.
Não entendo o que essas pessoas ficam fazendo em suas casas com seus ouvidos encostados em copos colados nas paredes para escutar o que acontece na casa dos outros. Curiosidade mórbida, ou que vida medíocre essas pessoas levam.
O barulho que acontece na rua, é o barulho necessário para o mundo dizer que está vivo. O barulho dos meus vizinhos é que não estou só neste prédio abandonado.
Tudo bem!
As pessoas tem insônia: tomem um remedinho e durman os sonos dos justos.
Não me importo que as pessoas escutem o meu barulho, o barulho da minha casa em movimento. Ou que compartilhem as músicas que escuto. Ou a geladeira que na madrugada faz um barulho insuportável. Ou os meus olhos a correr pelos livros que tento ler. Ou as batidas no teclado. Ou o descanso do copo em cima da mesa. Ou o isqueiro que acende muitas vezes durante a noite.Ou, quem sabe, todos eles juntos.
Não me importo com o que ela faça, mas curta a sua velhice na sua lavação de vidro desenfreada, nas suas roupas estendidas no varal, no seu pátio mal cuidado, na sua bateção de porta.
Agora, sua vidraça merece uma pedra. E como os outros vidros se rache devagar.
Escreva cartas pra mim! Converse comigo no corredor do prédio. Não, fique escrevendo cartas a síndica pelo meu barulho.
Ou, reclamando, do barulho de música (na sua grande maioria de música brasileira), se ela fosse vizinha de um roqueiro estava fudida.
Acho que estou menos barulhento.
Mas peço a ela sua vidraça e deixe ao menos atirar uma pedra.

domingo, 6 de dezembro de 2009

O tempo para as coisas

 É incrível como temos várias coisas para fazer e ficamos adiando algumas.
A internet faz pensar que o tempo, já não é mais tempo.
Fazia meses que não postava no outro Blog. Então, resolvi criar outro e assim vamos nos transformando, nos reconstruindo. 
Entre a última postagem do outro e esse, muitas coisas aconteceram. 
Meu Deus!!!!
Me mudei, vi vários filmes, comecei a escrever uma coluna para um site (www.portoimagem.com) fui em festas interessantes, li alguns livros, inventei mais coisas para fazer e, ainda, achei tempo para quebrar meu pé.
E isso vai algum tempo.
Nesse tempo em que estou em casa, comecei a:
repensar posturas, e organizar meu tempo.
E descobri que não organizo nada.
Que agenda não funciona comigo. anoto as coisas e depois não olho.
Ou mesmo esqueço.
  
Vou vivendo, não tenho o mínimo de preocupação com o tempo.
Acho que as coisas vão acontecendo e vamos vivendo.


O rosto
Transformar a vida naquilo que consigo.
estampar na máscara escorrida em meu feito banal
Precisar buscar transparência onde nada mais tem referência
Conquistar o in-conquistável
Procurar o in-acessivel
Pensar em meu vários momentos, onde nada sou
Apenas a próxima vicera dilacerada pela violência
corrompida do mundo.
Quero sobreviver aquilo que é 
mortal,
inaceitável, 
ilegal, 
imoral, 
mas apaixonadamente vivo.




O pior é que nem sei se esse Blog vai durar por muito tempo. 

Ricardo Zhanella