terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Parem com o policiamento!!!!

Penso que as pessoas, algumas claro, tem um ego tão imenso que se acham no direito de dizer o que os outros devem ou não fazer.
Como se uma divindade ultra-alienígena tivesse chegado e dado esse poder.
Somos pseudo-democráticos, pois como nossos tataravós ainda achamos que podemos dizer o que é belo, o que é esteticamente perfeito, o que é moda, o que não tá na moda, o que é in ou out, que sexualidade combina com a tendência atual, re-afirmando os padrões que fazem parte da cultura em voga.
E, sempre, estamos sustentando um dito comportamento.
O pior, às vezes, sem ter noção que isso está ocorrendo, pois reproduzimos vários pensamentos e atitudes que automaticamente fazem parte da nossa vida, sem dois segundos de reflexão. Robôs do mundo pós-moderno.
Assim é a vida. Atira-se a primeira pedra e, logo a seguir, somos apedrejados por tentativa de nos sentirmos incluídos nessa sociedade individualista.. Num mundo que nem ao menos somos incluídos nele.
Um mundo que sorteia aleatoriamente quem será, quem fará, quem terá o discurso que sutentará a hipocrisia do ser humano, velha divindade alienígena dando poderes aos escolhidos. Por quem?
O que ocorre é uma nova ordem?
Mas, sempre, estamos em uma nova ordem.
No momento em que nascemos buscamos nesse rolo compressor chamado vida: maneiras de nos sentirmos adaptados, confortáveis nessa relação com o outro. E começamos a nos moldar segundo nossa época e as tendências estabelecidas para nós mesmos.
E nessa passagem planetária da cruel e ácida viagem com bilhete de volta comprado, inventamos a autoestima para tecermos comentários e criamos regras para tudo que conseguimos suportar na minha individualidade ou meu restrito nicho, aquela minha habitação, lá em cima do morro afastado do outro.
Sendo, individual esqueço das relações estabelecidas com a diversidade e com a própria construção de mundo dos outros, pq critico, analiso e julgo, parecendo que o real(?), o correto(?), o verdadeiro(?) está comigo.
E isso faz o ser humano afastar-se cada vez mais dessa regra da exposição, do se sentir perfeito em sua própria vida. E surgem várias crises de personalidade, várias pessoas escondendo-se em seus casulos, pois não conseguem transformar a sua vida em algo que faça parte dessa norma estabelecida pelo poder.
Em algumas décadas do século passado tentamos burlar as regras, questioná-las e, agora, estamos criando regras que não levam a nada.
Mentira! Essas atitudes/regras levam a dizer a quem dou o poder. E parece que o poder está sempre aonde o ser humano não está. Onde o outro não existe, sua necessidade, sua procura, sua vida não se encontra, embora esteja ali latente a essência do que já foi vivido pelos outros.
Tenho medo do policiamente de ideias, de atos, de construções, de questionamentos, pois hoje parece que tudo está muito pronto. E com raríssimas exceções, continuamos reproduzindo a antiga e ultrapassada Liga dos bons costumes. Isso está se generalizando cada vez mais.
Então, cuidado, você, pode mesmo sem saber estar sendo vítima de um discurso que não é seu. E dando força ao que mais teme: o seu direito de poder ser, de poder falar ou mesmo de ser o outro.

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